FUNDADOR DA MAÇONARIA EM GUAXUPÉ É HOMENAGEADO COM NOME DE RUA

Publicado segunda, 18 de maio de 2020

A Câmara Municipal aprovou, na segunda-feira, 11, um projeto de lei de iniciativa da vereadora Luzia Angelini Silva, que dá denominação a uma via pública do bairro “Vale Verde” de Rua José Henrique Costa (José Pelintra).

José Pelintra juntamente com Anastácio Darciê, Caetano de Simone, Carmo Felippe da Silva, Felipe Gabriel Ferreira Sobrinho, João Chistovam Costa, João Elias Sabbag, Luiz Turri, Manoel Elias, Taulfik Miguel e Tufy Silva são considerados os fundadores da primeira loja maçônica em Guaxupé, a “Redenção Sul Mineira”, atualmente localizada na Rua 13 de Maio, nº 32, no centro.

A Loja Maçônica Redenção Sul Mineira foi fundada em 4 de maio de 1932. Sua primeira diretoria ficou assim constituída: José Henrique da Costa, o saudoso José Pelintra, venerável (presidente), com os demais diretores: Luiz Turri, Moisés Farah, Marcelino Canda Rivera, João Maria Domingos Curto, Raimundo Macedo Filho e Francisco Sampaio.

Segundo o maçom Antônio Magri Barbosa, o tão popular e conhecido Capitão Barbosa, antes mesmo da implantação de uma “loja” em Guaxupé, já existiam unidades da instituição nas cidades da região, dentre elas: Guaranésia, Loja Maçônica Fernando Osório; em Monte Santo de Minas, Loja Caridade Monte Santense, e em Mococa, Loja União Mocoquense. Ele acredita que a existência destas três sedes na região tenha influenciado na criação da “loja” de Guaxupé.

Ainda, segundo o Capitão Barbosa, Joaquim Silveira, morador em Guaranésia, teria realizado um minucioso levantamento histórico a respeito da “loja” daquela cidade.

São princípios básicos da Maçonaria: liberdade, igualdade e fraternidade humana; “a humanidade tem sempre novos ideais e a Maçonaria existe para promover o bem da humanidade”.

A Loja Maçônica Redenção Sul Mineira, de Guaxupé, foi reconhecida de Utilidade Pública através da lei municipal nº 541, de 10 de abril de 1970.

 JOSÉ PELINTRA

José Henrique da Costa, o saudoso José Pelintra, era natural de Guaxupé, nasceu na Fazenda São Domingos em 19 de março de 1890, filho de José Joaquim dos Santos e de Ana Joaquina da Costa. Foi casado com Maria Pereira de Carvalho, com quem teve dois filhos, Pedro Augustinho Costa e José Augustinho Costa.

Ele foi o primeiro venerável (presidente) da Loja Maçônica Redenção Sul Mineira entre os anos de 1932 e 1934.

Segundo o saudoso Dr. Juquita, José Pelintra teria sido um autodidata, desde muito cedo sempre quis aprender de tudo. Foi fotógrafo, retratista a crayon, pirotécnico e contador de histórias.

Desenhava desde menino, tendo sido encorajado pelo Dr. João Carlos de Magalhães Gomes, que lhe presenteara com material necessário. Recebeu lições do Major Anacleto de Resende e de Eugênio Nardi, este fotógrafo renomado no início do século passado. Sua primeira fotografia “batida e revelada por ele próprio” foi da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, vendo-se à porta Dona Gabriela Albo, zeladora daquele templo, a segunda foi de Emídio Rola, com sua farda de policial.

Ele faleceu em 21 de março de 1973, tendo sido sepultado no Cemitério da Praça da Saudade.

Foto: Jair Falconi