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GUAXUPEANO É 3º COLOCADO EM TORNEIO CONTINENTAL SUB13 DE XADREZ

Publicado quinta, 24 de setembro de 2020





No último sábado, dia 19, Guaxupé mais uma vez chamou a atenção no xadrez de base ao conquistar o 3º lugar no Continental Sub13, realizado em plataforma online entre vários países da América Latina.

O enxadrista Martim Estevão Guerra de Carvalho, com 13 anos, é aluno do Colégio Objetivo e joga xadrez desde criança, recebendo o incentivo dos pais, escola e amigos. E é claro que nós não deixaríamos de entrevistá-lo para apresentar a vocês mais um prodígio da cidade:

 

-MARTIM, COMO FOI A SUA PARTICIPAÇÃO NESTE TORNEIO?

Houve uma classificatória no formato Arena (por equipes) onde cada país da América Latina poderia inscrever enxadristas de até 13 anos. Os três melhores de cada país se classificaram para o Continental Final. Nesta classificatória fiquei em 2º melhor no país.

Havia jogadores de todos os níveis, mas enfrentei alguns muito fortes com rating (pontuação universal utilizada para determinar a força de um jogador) bem superior  ao meu.

Consegui fazer 5 pontos de 7 possíveis mas fiquei muito feliz pois na América Latina tem muitos países com mais “tradição” que o Brasil na modalidade.

Fiquei muito nervoso antes da competição, mas fui com o objetivo de ficar ao menos na parte mediana da tabela. Conforme meus resultados apareceram fui criando mais confiança, mesmo perdendo a terceira partida.

Em minha opinião, me sai muito bem e percebi que estou mais centrado e tranquilo nos torneios.

 

-De onde veio o interesse no Xadrez?

Aos 2/3 anos, meu pai me ensinou os nomes das peças e motivou a “brincar” de jogar xadrez. Estava no 3º ano escolar quando um amigo, Otávio, que era também muito motivado pela sua mãe Nilva a aprender o jogo, participava de torneios, com isso me interessei mais pela modalidade.

E além de tudo tivemos o projeto de xadrez escolar no Colégio Objetivo que me animou, pois tinha vários amigos para enfrentar como: Vinicius Pallos, Gustavo Giraldelli e posteriormente meus primos.

 

-Quais torneios mais te marcaram até hoje?

Além desse continental o evento que me deixou mais “nervoso” foi o JEMG, por ser mais famoso e vários amigos já participaram.

Mas tivemos também um torneio entre amigos que me marcou muito em sua primeira temporada, o CXC (Clube de Xadrez dos Capivaras). O Xadrez Capivara é um termo utilizado para jogadores ruins, ai brincamos com o nome. Jogar contra amigos sempre é interessante e tem um ar de rivalidade.

Mas não importa o torneio todas às conquistas são importantes: a 1ª Lex Liga, CXC, e inclusive um 5º lugar em um torneio de fim de ano Regional que tinham vários grandes jogadores.

 

-POR SER FILHO DE ENXADRISTA E ESTUDAR EM UMA ESCOLA QUE MOTIVA O XADREZ TE DÁ MAIS PRESSÃO OU TRANQUILIDADE NOS JOGOS?

Eu fico feliz por ser incentivado, mas sei que vários enxadristas treinaram e treinam mais que eu, por isso não sinto mais tanta pressão como antes sentia.

Não tenho interesse de ser profissional por enquanto, mas quero sempre evoluir, treino nas aulas da LEX e pelo colégio semanalmente, além de analisar partidas com meus amigos.

 

-O QUE É MELHOR, JOGAR TORNEIOS COM JOGADORES FRACOS E SABER QUE A CHANCE DO TÍTULO É MAIOR OU JOGAR TORNEIOS COM JOGADORES MAIS FORTES PARA PEGAR EXPERIÊNCIA?

Acho que ganhar torneios mais “fracos” não agrega muito tanto tecnicamente quanto psicologicamente o meu jogo, apenas mostra o nível que estou. Jogar contra jogadores mais fortes me põe a prova e me faz ter interesse em estudar cada dia mais.

 

-Quais suas ambições no xadrez?

Como disse não tenho ainda o interesse em me profissionalizar, mas quero sim conquistar títulos importantes, um passo de cada vez, começando pelo Guaxupeano 2021, pois temos muitos jogadores fortes, uma etapa já seria uma boa meta!

Outra competição importante que gostaria de conquistar novamente é a JAMOG, joguei em 2019 quando fomos campeões no masculino, mas não participaram algumas cidades fortes.

 

-Relacione xadrez e escola

A Escola motiva muito o xadrez, seja pelos amigos que estão sempre comigo ou pelas rivalidades que criamos.

Creio que o xadrez nos ensina a competir de forma correta e respeitosa e nos ensina a estudar, pois no xadrez é visível quando um jogador estuda ou não.

 

-SOBRE O XADREZ EM GUAXUPÉ, VOCÊ ACHA QUE É UMA FASE OU QUE DEVIDO À UNIÃO DOS ENXADRISTAS MELHORARMOS NOSSO NÍVEL?

Com certeza a segunda opção. Meus amigos e eu treinamos para “bater” os adultos e evitar, no bom sentido, que os iniciantes nos alcancem. Muitas vezes não percebemos nossa evolução interna, pois todos evoluem, mas quando enfrentamos jogadores de outras cidades percebemos o quanto crescemos no xadrez.

Lembro quando conseguia jogar com dois amigos simultaneamente, pois eram iniciantes e hoje todos os jogos são complicados. As meninas evoluíram demais, meus amigos também, isso me deixa feliz!

 

-PARA TERMINARMOS, TEM ALGUMA FRASE QUE GOSTA NO XADREZ?

Eu gosto muito de uma frase que li uma vez que dizia: “Eu jogo contra as peças e não contra a pessoa”.

 

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Entre em contato pelo site: www.lexliga.com.br

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Fontes do Torneio Continental: https://lichess.org/swiss/vgiBOkm1

 Site Oficial da competição: https://universoajedrecistico.com/


COLUNISTA
Alan Marks é formado em Educação Física UNIFEG, Instrutor e Treinador de Xadrez-CXOL, Coordenador LEX Liga Brasil, Professor-Colégio Objetivo Instrutor de Xadrez-Escola Coronel e PHD


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