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A IGREJA DE JESUS

Publicado quinta, 11 de novembro de 2021





Jesus de Nazaré fundou a Sua Igreja?

Sim. Deus enviou Jesus, e Jesus edificou a Sua Igreja, na Palestina, na fé e na pessoa de Pedro, há mais de dois mil anos.

Leia: Mateus 16, 13-19; João 21, 15-17; Lucas 22, 31-32; João 20, 21-23; Lucas 10 ,16.

Note que os apóstolos foram especialmente preparados, instruídos por Jesus.

Até na Última Ceia (Mateus 26, 17-28; Marcos 14, 22-25; Lucas 22, 15-20; 1 Coríntios 11, 23-25; João 6, 51), eram somente os apóstolos que estavam presentes. Nem Maria, a Mãe de Jesus, esteve nesta refeição reflexiva e instrutiva.

E Pedro? Note que Pedro recebe a missão administrativa, a missão das chaves. Não quer dizer que Pedro é maior nem melhor que os demais apóstolos. A função de Pedro é outra. Pedro recebeu o poder de ligar e desligar. De quem é este poder? O poder é de Jesus, e Jesus decidiu passar esse poder a Pedro, partilhar essa autoridade com Pedro.

Depois da morte de Pedro a Igreja fundada por Jesus terminou? Não. Ela continua até hoje! Está de pé, está viva! O atual sucessor de Pedro é Francisco, Bispo de Roma. O Papa Francisco é o 226º sucessor de Pedro. Basta estudar e comprovar que a sucessão petrina nunca foi interrompida ao longo da história. Repito: A sucessão nunca foi interrompida, mas nem sempre a autêntica e sagrada missão foi cumprida, porque o ministério passou sim por jogos de interesses de manutenção de poder político e econômico, indo contra o desejo inicial de Jesus. Essas coisas sujas aconteceram porque, apesar da Igreja ter sido fundada por Deus, ela está feita por homens, formada por pessoas, e os seres humanos, apesar de terem sido criados à imagem e semelhança de Deus, carregam dentro de si as marcas do pecado original, estão sujeitos a errar. O poder é sedutor e tem força para corromper os bons costumes. Ao longo da história, a Igreja teve e ainda tem sacerdotes e demais religiosos institucionais terríveis, impiedosos, implacáveis, soberbos, arrogantes, mas também possui pessoas santas, piedosas, simples, humildes, misericordiosas. Existe o joio, e existe o trigo.

Jesus vive onde podemos encontrar um coração fraterno? Sim, é verdade! Pessoas não cristãs, do ponto de vista da não adesão institucional, quer dizer, pessoas que não fazem parte formal do catolicismo, podem sim, pela atitude misericordiosa no dia a dia, serem muito mais semelhantes a Cristo, muito mais próximas do coração de Cristo, do que muitos que frequentam a Missa, que rezam o terço, que participam de pastorais etc., mas que passam o dia fofocando, criando intrigas, reclamando, agindo sem compaixão, dando um contratestemunho do Evangelho.

Outra coisa, que muitos ainda não compreendem, é sobre o título Igreja Católica Apostólica Romana.

Qual o significado da nomenclatura que a Igreja de Jesus foi ganhando ao longo dos anos, em função da maturidade na fé, do aprofundamento no ensino?

Igreja = reunião das pessoas, união da comunidade que manifesta a fé no Senhor Jesus, comunhão.

Católica = significa universal, ou seja, o amor de Jesus é para todos, pois Deus quer que todos sejam salvos.

Apostólica = corresponde à tradição dos apóstolos, dos primeiros cristãos, isto é, o começo da Igreja e seus bons costumes.

Romana = a sede administrativa da Igreja de Jesus está em Roma. Já é do conhecimento da Arqueologia que abaixo do Vaticano está o túmulo de Pedro.

É verdade que o cristianismo e o papado foram criados pelo imperador romano Constantino, no século IV d.C.? Não. Não é verdade. Essa é uma ficção que os protestantes gostam de usar para atacar a Igreja Católica. Mas não é verdade. O que Constantino fez foi facilitar a vivência do culto cristão. De São Pedro até Constantino foram 32 Papas. Constantino não fundou nada. E o próprio Constantino, graças a sua mãe, Helena, se converteu também ao cristianismo. Apesar disso, evidentemente aspectos do Império Romano foram absorvidos pela cultura cristã. Mesmo assim, a essência da Igreja de Jesus é a mesma. Isso não foi alterado. O Evangelho é o mesmo, a doutrina é a mesma, a Missa é a mesma. A Igreja de Jesus é única e indivisível, ou seja, não há outra Igreja e nela não há divisões. Ao longo dos seus mais de dois mil anos, a Igreja de Jesus, por meio da Palavra de Deus (que é o próprio Jesus e seu ensinamento), através da correta interpretação das Sagradas Escrituras confiada ao Magistério da Igreja, por meio dos santos e santas de Deus, dos doutores e doutoras da Igreja de Cristo, mantém o mesmo ensino, a mesma autoridade.

E o que dizer então das outras igrejas? Ortodoxa, Protestantes/Reformadas, Pentecostais/Neopentecostais? Bom... Em primeiro lugar, Jesus não fundou nem sequer duas Igrejas. Ele fundo apenas uma. Em segundo lugar, Jesus nunca foi reformista, no sentido histórico da iniciativa que alguns cristãos tiveram em criar o rompimento da comunhão com o Papa, sucessor de Pedro, como fez Lutero, por exemplo. Jesus afirmou que não se coloca remendo de pano novo em tecido velho, nem se põe vinho novo em odres velhos (Mateus 9, 16-17).

Todas essas igrejas foram fundadas por homens comuns, por pessoas. Martinho Lutero fundou a Igreja Luterana, Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana, John Smyth fundou a Igreja Batista e por aí vai, até chegar ao nossos dias, onde todo dia tem alguém fundando uma comunidade em algum lugar. Por isso tanta confusão doutrinária, cada um afirmando ter tido uma revelação considerada autêntica e definitiva, as interpretações são variadas, díspares, contraditórias. Pretendem anunciar o Evangelho, a Boa Nova de Jesus, amam a Deus, até possuem sim partículas da verdade, claro, e Deus é Pai com coração de Mãe, Deus vai ao encontro de seus filhos e filhas. Tais comunidades ou igrejas desejam falar do amor de Deus e, reconhecidamente mantém um importante papel social. Mas não estão me plena comunhão com todas as características doutrinais da Igreja que Jesus fundou. Elas tem boas intenções, porém são incompletas. Basta fazer um estudo comparativo e constatar. Completas ou incompletas, tentam fazer o bem, tentam promover a paz. Esse é o lado útil, bom. O lado ruim é que muitas dessas comunidades cometem tantas heresias e maluquices de teatralização grosseira, que nem podem ser consideradas igrejas, e sim seitas.

Mesmo assim, apesar de todos esses dados de constatação histórica e testemunhal, não podemos nos esquecer que o critério final de Jesus é a compaixão (Mateus 25, 31-46). Católico ou não católico, o mais importante é ter um coração sensível e misericordioso diante de alguém em sofrimento. O ensino de Jesus exige comprometimento, prática. O ensino de Jesus não é teoria, não pode ficar na superficialidade das aparências e das incoerências.

Encerro com um alerta do Papa Francisco:

“Quantos cristãos afastam as pessoas com o seu mau exemplo, com a sua incoerência: a incoerência dos cristãos é uma das armas mais fáceis que o demônio possui para enfraquecer o povo de Deus e para o afastar do Senhor. Em síntese, é o estilo de dizer uma coisa e fazer outra”.

 

Autor: Nicola Archangello


COLUNISTA
Coluna de Fé: Jesus Cristo Salvador Autor: Nicola Archangello


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