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Estudo revela que cães obesos vivem dois anos a menos do que cães saudáveis

Publicado segunda, 08 de julho de 2019





A obesidade é um problema global de saúde pública e no Brasil não é diferente. A afirmação tem como base dados do Ministério da Saúde (Vigitel) que apontam um aumento da obesidade na população em 60% nos últimos 10 anos. Esse problema não atinge somente humanos, mas também os animais de estimação, já que a rotina de seus tutores acaba influenciando diretamente a vida de seus melhores amigos.
 
Como nunca é tarde para começar, é possível colocar em prática aquele desejo de uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e atividades físicas regulares, tendo a companhia do pet.
 
Um recente estudo aponta que cães acima do peso podem ter suas vidas reduzidas em mais de dois anos. Foi essa realidade que chamou a atenção dos pesquisadores da Universidade de Liverpool e do Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM™, da Mars Petcare.
 
Realizado durante duas décadas e publicado no ‘Journal of Veterinary Internal Medicine’, o estudo acompanhou mais de 50.000 cães, das 12 raças mais populares, para entender como seu peso afetava sua saúde e revelou que a vida dos cães com excesso de peso foi reduzida em até dois anos e meio quando comparados aos cães com peso corporal saudável. A correlação entre excesso de peso e tempo de vida reduzido foi observada em todas as raças, embora a magnitude da redução tenha sido diferente, variando entre cinco meses para os Pastores Alemães machos e dois anos e seis meses para os machos de Yorkshire Terriers.
 
O co-autor do estudo, Alex German, Professor de Medicina Veterinária de pequenos animais na Universidade de Liverpool, revelou: “Para muitos tutores, oferecer alimentos, particularmente restos de comidas e petiscos, é uma forma de demonstrar afeição pelo animal de estimação. Ter cuidado com o que você oferece ao seu cão pode ajudar a mantê-lo em boa forma e permitir que ele esteja por perto por muitos anos”. 
 
A obesidade dos animais de estimação está em constante crescimento, e os números mais recentes estimam que um em cada três cães e gatos nos Estados Unidos está acima do peso. Embora o estudo não tenha examinado as razões por trás do peso extra, imagina-se que os hábitos alimentares desempenham um papel importante na obesidade dos animais. Uma outra pesquisa realizada pela Mars Petcare mostrou que mais da metade (54%) dos tutores de cães e gatos sempre ou frequentemente alimentam seus animais de estimação se eles pedem, e quase um quarto (22%) dos tutores às vezes alimentam em excesso seu animal de estimação para mantê-los felizes.
 
Já uma outra pesquisa, de 2018, conduzida pelo Centro de Nutrição e Bem-estar Animal WALTHAM™, constatou que 59% dos cães e 52% dos gatos em todo o mundo estão acima do peso. No entanto, apenas 24% dos tutores de cães descrevem seu animal de estimação com excesso de peso. Ainda assim, 59% dos tutores de cães e gatos disseram que se sentem recompensados ao alimentar seu animal de estimação e 77% disseram que seu animal fica feliz quando oferecem alimento a ele. Infelizmente, muitos tutores não estão plenamente conscientes sobre as consequências do excesso de alimentação ao animal de estimação. 
 
SOBRE O ESTUDO
O estudo da Universidade de Liverpool e WALTHAM™ foi um estudo de corte retrospectivo observacional que utilizou dados demográficos, geográficos e clínicos de cães que receberam cuidados nos Hospitais Veterinários BANFIELD®, na América do Norte, entre abril de 1994 e setembro de 2015. Os dados foram coletados de 50.787 cães, das 12 raças mais populares nos Estados Unidos: Dachshund, Pastor Alemão, Golden Retriever, Labrador Retriever, Cocker Spaniel Americano, Beagle, Boxer, Chihuahua, Pit Bull Terrier, Pomerânia, Shih Tzu e Yorkshire Terrier. Para cada raça, o tempo de vida dos cães cujos tutores relataram que eles estavam acima do peso e aqueles em condição corporal ideal foi comparada.
 
Os dados extraídos para este estudo incluíram variáveis demográficas (raça, sexo, castrado ou não e data de nascimento) e geográficas (latitude e longitude do código postal do tutor), além de dados coletados durante visitas ho hospital (data de visita, peso corporal e se disponível condição corporal) e data da morte. 




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