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Falecimento – Nelson Pedroso de Carvalho

Publicado sexta, 01 de novembro de 2019





Faleceu em São Paulo, capital, em 30 de outubro último, onde se encontrava em tratamento de saúde, Nelson Pedroso de Carvalho, 93 anos.

Homem de fino trato, de uma educação invejável, foi um exemplo de modéstia, honradez e na exatidão do dever.

Sempre bem humorado, mesmo nas horas difíceis manteve ele aquela postura que o caracterizou e que o tornou um homem forte e otimista, pois para todas as situações tinha ele aquela atitude alegre e satisfeito consigo mesmo.

Nelson Pedroso de Carvalho nasceu em Guaxupé a 4 de agosto de 1926, filho do imigrante português, Abel Pedroso de Carvalho e de Albina Lopes Pedroso. Foi casado com sua prima, Benedita Lopes Carvalho, atualmente já falecida. O casal não deixou filhos. Seu pai foi um dos grandes baluartes do progresso e do desenvolvimento de Guaxupé, responsável pela construção de centenas de casas no chamado “Loteamento da Estação”.

Nelson era neto paterno do saudoso Horácio Ferreira Lopes, escrivão do Cartório de Paz e, posteriormente, do Cartório do 2º Ofício do Termo Judicial e da Comarca de Guaxupé. Seu tetra avô, Francisco Pereira do Nascimento, foi o mestre de obras responsável pela construção da Catedral Velha de Guaxupé, impiedosamente demolida em julho de 1943. Seu bisavô, Bernardo Jacyntho Ferreira Lopes, quando da construção da Catedral Velha sofreu uma queda dos andaimes, ficando tetraplégico, tendo falecido em 24 de agosto de 1891.

Os terrenos onde se encontram edificadas as antigas estações e demais dependências da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, em Guaxupé, também pertenceram aos seus ascendentes.

Em 1916, a bisavó de Nelson, Maria Guilhermina Ferreira Lopes, viúva de Bernardo, e sua tetra avó, Anna Rita do Nascimento, viúva de Francisco Pereira do Nascimento, deram início ao maior empreendimento imobiliário que Guaxupé já viu em toda a sua história, o chamado “Loteamento da Estação”, com 308 lotes de 800m² e ruas de 20 metros de largura, um verdadeiro marco histórico brasileiro. Muitos destes lotes ainda pertencem à família.

Em 1942 faleceu uma tia avó de Nelson, Ana Guilhermina Ferreira Lopes, a saudosa “Benzica”. Pelo fato dela ser solteira e não ter deixado descendentes, seu patrimônio foi legado aos irmãos e sobrinhos. Infelizmente, por uma falha no processo de inventário, boa parte dos imóveis deixados por ela vem sendo alvo de intermináveis processos judiciais.

Ao longo de toda a sua vida, Nelson Pedroso de Carvalho se dedicou à regularização dos imóveis da família, principalmente dos terrenos compreendidos entre a antiga estação férrea e o Rio Guaxupé, deixados por Benzica.

Em 1989 a Prefeitura invadiu as propriedades da extinta Cia. Mogiana e as administrações municipais posteriores não manifestaram interesse em regularizar a situação, o que acabou dificultando ainda mais a nobre missão de Nelson de regularizar os imóveis da família.

Apesar da idade avançada e dos problemas de saúde, ele jamais esmoreceu na sua grande empreitada, lutou com todas as forças que ainda tinha, porém foi vencido pela morte.

Seu corpo foi transladado para Guaxupé, velado no Velório Municipal e sepultado no dia seguinte, às 17h, no Cemitério da Praça da Saudade, com grande acompanhamento, como uma homenagem póstuma do grande círculo de amizades que conquistou em vinda.

À família enlutada, as condolências do Jornal Correio Sudoeste.

 

Homenagem dos historiadores Maria Luiza Lemos Brasileiro e Wilson Ferraz




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