Publicado sábado, 26 de julho de 2025

Na casa de Meíta Remédio Bardi, 73 anos, o amor tem nome: Helena. Desde que se tornou avó pela primeira vez, Meíta descobriu um novo universo — feito de histórias inventadas, valores compartilhados e uma cumplicidade que transforma qualquer dia comum em um momento memorável.
“Foi paixão à primeira vista”
Quando soube que seria avó, Meíta já imaginava um mundo inteiro construído entre ela e o bebê. E com a chegada de Helena, tudo fez sentido. “Foi paixão à primeira vista. E o mais importante: é uma paixão recíproca”, conta, com a emoção vibrando em cada palavra. Para ela, ser avó é um sentimento tão profundo que escapa à explicação — é simplesmente indescritível.
Histórias que aproximam gerações
Entre risadas e criatividade, o passatempo favorito das duas acontece sobre a cama de Meíta. Ali, histórias são inventadas em dupla: ora começa com ela, ora com Helena. “É uma diversão que a gente tem, deitada na minha cama e dando risada sem parar”, diz. Mais que brincadeiras, esses momentos revelam a delicadeza de um vínculo genuíno entre gerações.
Tradições que ensinam com afeto
As datas comemorativas são vividas com significado. Comemorar o Dia das Mães, o Natal ou aniversários, mesmo que com um bolo simples, é fundamental — não pelo gesto, mas pelo entendimento do que está sendo celebrado. “Faço questão de explicar o verdadeiro significado dessas datas para que ela aprenda a dar valor”, explica Meíta.
Memórias da roça e sabedoria que ecoa
As lembranças da infância nas fazendas de Conceição Aparecida são compartilhadas com Helena, que escuta fascinada as histórias de carros de boi e viagens em família. “Ela fica achando tudo muito interessante”, diz a avó. Mais do que contar histórias, Meíta resgata experiências que hoje se transformam em ensinamentos vivos.
Formar pelo exemplo, educar com verdade
Para Meíta, ser avó é transmitir valores com firmeza e carinho. "Ela assimilou hábitos como cumprimentar e se despedir, sem que eu precise pedir." Através das pequenas ações e das conversas cotidianas, Helena absorve lições de respeito, justiça e compaixão — pilares que Meíta acredita serem urgentes no mundo atual.
Leitura: uma herança transformadora
Ela também defende que a leitura é essencial para qualquer ser humano. E Helena, autodidata desde os cinco anos, segue os passos da avó com livros nas mãos e curiosidade no olhar. “Procuro ensinar o hábito da leitura, ler cada vez mais”.
Avós como bússolas para um mundo melhor
Para a avó mineira, os avós têm papel decisivo na formação dos netos. “Eles precisam sentir segurança na gente.” E é nessa confiança que Helena cresce, orientada por ensinamentos que brotam naturalmente nas conversas e nas brincadeiras.
Com leveza e sabedoria, Meíta mostra que ser avó é mais do que acolher — é ensinar, é criar pontes entre o passado e o presente, é plantar valores para o futuro. Uma história de afeto, memória e educação que inspira gerações.