Publicado sábado, 26 de julho de 2025

Celebrado em 26 de julho, o Dia dos Avós é mais do que uma simples data: é uma oportunidade de reconhecer o afeto, os ensinamentos e o tempo compartilhado com quem traz nas mãos a experiência e no coração a generosidade. A história de Maria Alice Ribeiro Bufoni, avó de três — Olívia (7), Rafael (4) e Henrique (10 meses) — revela como a convivência entre gerações constrói memórias afetivas e fortalece valores essenciais para a vida.
A trajetória como avó é marcada por afetos profundos, ensinamentos transmitidos com fé e uma rotina que entrelaça brincadeiras, cuidado e tradição familiar. Em entrevista, ela compartilhou sua experiência com detalhes que revelam a beleza das relações construídas no cotidiano.
A emoção de se tornar avó pela primeira vez
O anúncio da chegada de sua primeira neta, Olívia, foi vivido com imensa alegria por Maria Alice. “Foi muito feliz, uma sensação muito bacana. A gente espera muito por essa fase da vida de ser avó.” Ela descreve o amor pelos netos como uma segunda oportunidade divina de amar — um amor incondicional, diferente daquele que sentiu pelos filhos, mas não menos profundo. A chegada de Olívia, filha de seu filho mais velho, Pedro Fernando, marcou o início dessa nova e especial etapa.
A convivência como fonte de alegria
Com os netos morando na mesma cidade, Maria Alice pode desfrutar da convivência constante, especialmente durante as férias escolares. Cada um dos três tem sua personalidade e fase de desenvolvimento, o que torna as interações sempre dinâmicas.
Rafael, com seus quatro anos, é apaixonado pelo personagem Homem-Aranha. As brincadeiras com ele giram em torno do universo de super-heróis, com fantasias e histórias criadas juntos. Olívia, por estar em fase de alfabetização, prefere atividades que envolvam palavras cruzadas, jogos de memória e outras formas de estímulo cognitivo. Ela também adora brincar com Fiona, a cachorra da família, presença constante nos dias de lazer.
O pequeno Henrique, ainda engatinhando, participa das interações com brincadeiras adaptadas à sua idade. “A gente coloca os brinquedos distantes e pede para que ele vá buscar. É assim, muito prazeroso estar com eles”, conta Maria Alice.
Desafios emocionais e momentos de superação
Apesar da leveza das brincadeiras, a avó também enfrentou momentos desafiadores, especialmente quando os netos precisaram ser hospitalizados por doenças comuns da infância. “Foram situações de aflição, mesmo que rápidas”, lembra. Além desses episódios, há os desafios lúdicos, como as charadas que Olívia propõe, exigindo atenção e criatividade da avó — uma forma divertida e espontânea de exercitar o vínculo e a imaginação.
Tradição e respeito pelos mais velhos
Preservar valores familiares é algo que Maria Alice leva com seriedade e afeto. Entre as tradições mantidas, está a prática de visitar os bisavós, pais dela e de seu esposo. “Eles gostam muito de brincar com os bisos. É uma forma de manter o respeito e a união.” Essa convivência intergeracional é valorizada por ela como base para a construção de vínculos e para ensinar os netos a respeitarem e amarem os mais velhos.
Resgatando memórias da infância
Maria Alice compartilha com os netos lembranças de sua própria infância, trazendo à tona brincadeiras de casinha feitas com cabos de vassoura e cadeiras que viravam cabanas improvisadas. Recentemente, reproduziu essa brincadeira com Olívia, recriando momentos vividos com a irmã quando era criança.
Outro costume afetivo que transmite à nova geração é o preparo de bolachinhas na cozinha, ensinamento que recebeu de sua mãe. “Comprei até um aventalzinho para a Olívia, e colocamos os aventais para ir à cozinha. Essas memórias são preciosas.” Ela faz um alerta sobre o excesso de telas, defendendo que brincadeiras tradicionais precisam ser resgatadas e valorizadas.
O papel dos avós na formação dos netos
Com a firme crença de que a convivência com os avós influencia diretamente na formação da personalidade dos netos, Maria Alice considera fundamental transmitir valores e princípios. Para ela, fé, respeito e resiliência são ensinamentos que se fortalecem no dia a dia compartilhado.
Aprendizados que atravessam gerações
Ao refletir sobre o que aprendeu ao longo da vida e deseja transmitir aos netos, Maria Alice compartilha com serenidade sua visão: “Eu aprendi que precisamos acreditar e ter fé. Nada acontece por acaso, sem a vontade do Senhor. A vida é uma passagem, e o dia de hoje é um presente. Precisamos viver bem cada dia, sem se arrepender e acreditando sempre.”
Neste Dia dos Avós, a história de Maria Alice Bufoni revela como o amor, a presença e os gestos cotidianos são capazes de construir pontes entre gerações, formando não apenas memórias, mas legados afetivos duradouros.